Um dia vai ser dia de te conhecer

Um dia vai ser dia de te conhecer.
Estranho todos os momentos que te amo, e que sem querer te vais embora.
Um dia vou querer saber amar-te, agarrar cada palavra tua como fosse minha, e dar a mão a cada promessa, vou, se assim puderes; Serei o teu herói de banda autografáda, em histórias vilãs, serei... Um quarto do teu mundo, pegado ao teu quarto.
Entrego-te a mim, e sem querer toco-te, mas não sei onde.

Por Pedro Cerqueira » Terça-Feira Abr 27 2010 19:35

Como queiras

Juntos,
Ou separados por um fio ínfimo,
Decidirás.
Marco uma data para te marcar.

Desejo que acerte,
Se não conseguir,
Apenas te desejo.

Por Pedro Cerqueira » Terça-Feira Abr 27 2010 19:32

Será de ser noite?

Será de ser noite ou é mesmo porque já nem sabes quem é teu descendente? De todas as histórias que vi e ouvi, esta bate qualquer outra.
A ti não te custou nem o tempo, nem isso. Apenas fui mais um não é? Pois fica sabendo, apenas és quem me fez, aquele que inventa não é quem cria.
Quero que saibas mais, apenas não jorrou sangue, pois o teu nome está num mero papel que torna tudo brutalmente ilegal, mas não te nego... Ainda há tempo.
E sim, exponho este ódio, como uma ferida aberta e por isso sai tudo tão abstractamente despoético.
Parece uma coincidência... Esta semana entraste nos meus sonhos, e hoje acabaste de calcar a linha para saíres, para sempre.
Apenas me farás chorar só mais uma vez, te garanto. Eu estarei lá presente a ver-te partir, ou espero, e chorarei como nenhuma outra pessoa lá presente...
Mas gostava que soubesses, que é graças a ti (em parte) que sou diferente, penso diferente e me sinto diferente. No fundo, só tenho de te agradecer por teres feito de mim um fracasso.
Não sei se herdei de ti, muito provavelmente não, mas é a força de vontade que me mantém vivo, e é por isso que ainda vivo, feliz.

Por Pedro Cerqueira » Quinta-Feira Abr 22 2010 23:28

É só hoje

Gostava de saber usar as palavras correctas, no momento exacto, mas nem sempre é assim, porque fazes com que elas se vão embora, como um simples toque de magia, perco a reacção, perco-me em ti, por ti.
Sei que faço por ceder, tal como sei que não o devia, mas sinto-me bem. Seja como for, declaro-me agora, digo-o a todos, se assim desejares, porque estas palavras são as mesmas que gritam e entoam na minha cabeça, sempre que estás comigo. Por isso faço por não te ouvir, mas sim a elas. Pedem para que fiques, mas o seu som parece não querer te incomodar, ou estás tu tão ocupada e deslumbrada a ler o que está escrito no céu, que não as consegues ouvir? Talvez seja essa a verdade, mas respeita-me, sempre que te digo que não vivo sem ti, é tudo falso; Na verdade não quero mesmo viver sem ti.
Pensa que há pessoas que ficam, e outras que nunca irão, por muito que queiram, permanecem eternas.
És tu, e o teu universo que me fazem delirar durante noites a fio, enquanto vomitas perguntas exageradamente. Esquece esses 'Porquê?', o que importa é que estás interessada em nunca mais me querer, e eu continuo a fazer por isso. Dá-me só uma oportunidade, para te mostrar que afinal nunca me perdeste, de vista.
Olha para mim, sou o teu mundo inverso, aquele que contrasta com o teu; Sou aquele que te mata apenas com um sorriso pintado de amarelo; Sou quem te mata, sem sequer te tocar. Sou teu. Sim, felizmente sou.
Por isso não deixes que esse teu universo me deixe de dominar, ou um dia, serás dominada, por sombras rupestres, que te deixarão louca, por estar tudo tão separado da vida urbana.
Sou teu, porque sim, porque quero ser feliz, como daquela vez em que ia fugindo, e que apenas os teus olhos brilhavam no meio de um poço fundo, aquele que ainda de lá tiras memórias.
Sabes porque me declarei hoje? Porque no fundo és muito mais que querias, muito mais que pensas, e para além de tudo, mantens-me vivo. O meu mundo não parou, e confesso, em segredo, nunca me senti tão renascido como hoje.
'É só hoje' - Digo eu todos os dias.

Dedicado: Ana Silva

Por Pedro Cerqueira » Quinta-Feira Abr 22 2010 21:20


Cega correria

Cega correria, que nos faz perder os sentidos.
Sabemos para onde vamos, mas não sabemos em que direcção.
O sol está posto, e não há estrelas lá no alto, talvez tudo que precise seja da luz dos teus olhos, a alumiar o meu longo caminho pedestre.
Mas tu não queres nem saber, tudo com o que te preocupas é que haja um oceano imenso à tua frente, e uns quantos sóis que fazes deles dias de lua cheia, em que te transformas e caças algo que não sabes descrever, mas que descreves perfeitamente, todas as vezes.
Mas olha para o outro lado, há um meio-tal, não perfeito, até que o admitas! E no fim de contas, no meio de tanta algoritmia gramatical, dramaticamente, preciso mesmo de ti.
Por isso ajuda-me de uma vez por todas: Faz desta viagem, algo eterno.

Por Pedro Cerqueira » Quinta-Feira Abr 22 2010 20:55

Se, só se...

Choras pelo meu nome, pois o viste ser apedrejado no dia em que tudo morreu! E com ele, esperanças depositadas em vão. Choraste, desiludiste-te, e partiste, para nunca. Mas deixa-te de lamurias pois o fim do mundo não é hoje, e muito menos o fim de nós; Sinceramente, temo mais o segundo.
E segundo a segundo sinto a tua falta pois já não estás comigo; Mas se não te esqueceste, iliba-me desta sentença, pois prefiro ficar infame, a te perder.

Por Pedro Cerqueira » Quinta-Feira Abr 22 2010 19:52

Preguiça de viver, ânsia em te ver.

Poeta preguiçoso, sei que sou. Mas apenas precisas de um pequeno esforço para perceber o quando custa ver-te partir. Daquele lugar que costumavas chamar "Casa" ou "Abrigo" ou simplesmente: "Amor".
Mas não agora, pois encontraste outra "Casa", no meio do paraíso. Permanece, e deixa-me com toda esta confusão, pó e memórias esquecidas, por minha conta.
Mas espera, ainda não te deixo partir, não até te agradecer, pelo nada que fizeste. É uma pena... Que continues a ser ainda muito.

Por Pedro Cerqueira » Sexta-Feira Abr 16 2010 22:27

Azarado

Azarado.
Confrontado por verdades escusadas,
Criadas,
Por breves amadas.

Somos eternos, mais:
Somos como um isómero
Mas não o iremos admitir,
Pois tudo é efémero.

Nós sabemos,
Nada é como queremos,
E por muito que queiramos,
Nunca o faremos.

Esqueci-te,
De uma vez por todas, é certo.
Até já,
Pois nada é concreto.

Por Pedro Cerqueira » Sexta-Feira Abr 16 2010 22:13

Ou talvez não.

E talvez sejam os teus olhos a dizer, ou talvez os meus, o que a boca não quer soltar.
Talvez hoje seja dia de, finalmente, conseguir te esquecer; Mesmo não querendo, o farei.
Sinto a tua respiração nos meus lábios, ouço o cambalear do teu coração, a milhas de guerras.
E é apenas esse som rítmico que me penetra os ouvidos: Esqueço tudo o resto, olho-te nos olhos e vejo o reflexo de um prado enorme de esperança, que partilhas comigo; Comigo ou com todos os outros que dizes serem ninguém, quando mentes! Tal como fizeste quando me prometeste que iria ser eterno. Mas despreocupa-te, a inocência já se foi, no dia em que voltaste, e me fizeste crescer.
Dou, agora, tudo de mim para que isto não morra, mais uma vez.

Por Pedro Cerqueira » Quarta-Feira Abr 14 2010 20:34

Paz d'alma

Para quê preocupar-me com hoje, se amanhã posso fazer melhor?!
Sim, sei que amanhã farei melhor, darei o melhor de mim, para que finalmente tenha vida.
E das poucas vezes que não me sinto bem, sinto que te vais, sem querer; Que queres ficar, mas não ambicionas; Que te sentes bem, mas triste contigo mesma; Que te custa viver sem mim, mas que o queres fazer; Que sabes que sou feliz, sempre que és tu.
Finalmente, começo a aprender a viver sem ti, pois não sou o mesmo: Aprendi contigo. E que seja isso a única coisa.
Pela primeira vez, sinto que não te sinto, que afinal não és tanto quanto queres.
Hoje sinto-me... Eu.
Olha-me por dentro, diz-me se vês paz d'alma.... Ou se é tudo falso o que sinto.

Por Pedro Cerqueira » Sexta-Feira Abr 16 2010 21:58

Rico Papel

Pobres dos ricos, aqueles que têm quanto querem apenas demonstrando papel ilustrado, e com grandes e gordos números enfeitados.
E os outros: Apenas com pobres metais cunhados, que apenas lhes servem para encher o estômago cheio de nada.
Enchidos por miséria e trabalho não reconhecido, monopolizados por meros humanos, iguais aos tais; São esses que se acham superiores, apenas porque o 'Rico Papel' lhes enche os olhos, e lhes transborda dos bolsos.
E nesta confusão de pobres ricos e ricos pobres, quem sou eu para os julgar?!
Se sou também um dos quais, daqueles que tem os bolsos cheios, de buracos.

Por Pedro Cerqueira » Segunda-Feira Abr 12 2010 23:26

E aquela melodia...

E aquela melodia que nos consumia, que nos punha surdos de ouvidos, e nos entoava no peito... Lembraste dessa?
Pois bem, se tu sim, eu não; Pois nunca a esqueci, tal como a ti.
São tudo meras luzes incandescentes no céu o que vês, e as que se aproximam para te ver.
Invejosas de ser eu quem está a teu lado, agora ou sempre?
Talvez seja só amanhã, porque hoje vieram aplaudir, ou pelo menos assistir.
E para onde quer que vás, te seguiram, lisonjeando-te; E eu? Não te preocupes comigo, pois o céu não é tão horrendo quanto isso sem estrelas a enche-lo de brilho.

Por Pedro Cerqueira » Segunda-Feira Abr 12 2010 22:08

Desabafos

Hoje finalmente chego à conclusão que fora de mim, nunca quis ser quem sou.
Tanto que, ultimamente, tenho vindo a descobrir qual o meu 'habitat' e o local onde pertenço.
Deste desabafo, espero que ouças as minhas palavras escritas com sentimento. Ou que ao menos percebas o sentido em que o vento sopra, e a sua intensidade.
Crio raízes de ódio, ramos de esperança e flores amorosas que te sentem.
Nunca chores, se te sentires sozinha, parte de ti sabe que não estás, baseia-te nisso.
E se hoje pudesse ser alguém, seria tu; Porque me entreguei como se não te pudesse voltar a ver.
...
E talvez não sejas mesmo a mesma.

Por Pedro Cerqueira » Domingo Abr 11 2010 22:40

Cúmplice de um crime

Cúmplice de um crime,
Inocente de o ser,
Mas no fundo a vitíma sou eu.
Pois não soube viver.

Fui egoísta,
Quis um mundo para mim,
Mas sem pensar.
E tudo ficou assim.

Mas porque não nos vamos embora?
Sem ninguém saber,
Dá-me agora a mão:
Vamos tentar viver.

Nem que seja apenas um dia,
Não me iludo, sei que não sou o primeiro.
Mas tentar não custa,
Pode ser que se torne verdadeiro.

Por Pedro Cerqueira » Terça-Feira Abr 6 2010 21:34

Salvaste um mundo

És paisagem natural sem se querer fazer ver, és rio que nasce no mar, és pôr-do-sol que se ergue, és ponteiros de um relógio inverso, és um mundo! E outro tens à tua frente, um ou os que quiseres, porque nem um universo chegaria para tanto do quanto és.
Fechando os olhos à ingenuidade, escondendo um passado rebelde de relembrar, e um futuro cego de escrever, vivo o presente, a teu lado, e sinto-me bem; Certo é que dei por errado, ou neguei que realmente necessitei.
Mas conta-me das tuas histórias, daquelas que provavelmente já nem te lembras, conta-me uma vida;
Diz-me o que é sofrer pois sou indolor;
Incolor, me tornas, sem saberes o significado de palavras que digo, ou mesmo que disseste.
És mais que pensavas ser, talvez mesmo, mais que eu próprio julgava seres, ou talvez sejam dias, pesados, duros, com efeitos de sépia.
Vingaste em sangue de fracassos, e escolhes a dedo quadros que pintas, em tons meio frios, com
folhas dissecadas, em dias de chuva, semeias ódios e colhes hectares de glória, dizes 'Adeus' como soubesses que amanhã me verás, orgulho-me.
Arrisco-me a dizer que és o meu céu, que me dás dias radiantes de sol, como tempestades desastrosas, levando tudo... Talvez me enganei quando dei por minha, tua alma.
Felizmente, conseguiste salvar um mundo.

Por Pedro Cerqueira » Terça-Feira Abr 6 2010 21:24

Para quê ser poético?

Palavras loucas que dizemos,
Em horas vagas, que esquecemos
O seu significado,
E só depois quando necessitamos,
As revivemos.

Inocentemente,
Inconscientemente,
O ser humano deixa-se ser afectado,
Por meras palavras
Que nada dizem,
Ou que dizem ser nada.

Por Pedro Cerqueira » Terça-Feira Abr 6 2010 19:34