Destruído em segundos

Seria hoje um dia - Não mais um, mas um especial - em que se comemoraria algo; Não se sabe ao certo porque se faz isto, mas costuma ser um hábito contar o tempo, e talvez estupidamente o diga, mas é essa contagem que faz pensar que seja muito, pouco ou suficiente.
Não se comemorá pois estas negras nuvens se puseram no meio, não sei de quê, mas lá estão, quase como presságio, avisando que choverá. Quase sim, pois a chuva não é certa de se dizer.
Guardo apenas aquelas memórias, passadas, pesadas de se esquecer, tanto boas como más, fica só aquela saudade nostálgica de todas elas, na esperança que não fiquem mortas num banco de jardim qualquer.
E tudo isto, que demorou meses a criar, com esforço e afeição, é destruído em alguns - poucos - segundos.

Por Pedro Cerqueira » Quarta-Feira Set 29 2010 19:01

Hábito

Tornou-se um hábito ver-te, ter-te, diariamente. Tanto que quanto mais te tenho, mais te necessito; Ou talvez não seja uma necessidade, mas sim um desejo.
Todas aquelas promessas - não feitas em vão, pois eu acreditava nelas - foram deitadas por terra, e abandonadas, abraçadas a mim.
Será meu único remédio guardá-las em mim, para mim, para que um dia as recorde e me agarre a elas, como nunca noutra altura qualquer teria feito.
As minhas ideias subitamente, desordenam-se, misturam-se com memórias, não falsas, mas fracas, que outrora vivi, mas que sejam apenas ideias... Pois te quero nunca longe.
Mas haverá nome para este sentimento de te querer cada vez mais, e sabendo, ainda assim, que és completamente minha? Há sim, chama-se hábito... O tão falado hábito.

Por Pedro Cerqueira » Terça-Feira Set 14 2010 21:03

Irmandade

Vindos do nada, ou cada um de seu mundo.
Cada um com uma história para contar, nunca normal, e ainda bem, pois é a diferença que torna um ser Humano único...
Com diferentes perspectivas, ou com a mesma, vista de diferentes ângulos; São defesa, força e magia num só, a autêntica muralha inultrapassável, em que nem uma única pedra se irá desmoronar, são a completude, a amizade numa união, única e simplesmente vivida, são um só se estão unidos e nada, se falha um membro.
E quando alguém cai, não chega ao chão, pois dois corpos sustentam esse mesmo, não importa as circunstâncias, ninguém cai ou desiste; É esta a razão da irmandade.
E torno-a uma razão também, para que possa acordar, pensar (não muito), e sorrir, pois vos tenho, irmãos; Talvez conseguisse viver sem vós, sem vos conhecer, mas não... Nada seria o mesmo.
Falo agora em ti, meu irmão, minha cópia autêntica, se foi ditado que os meus passos sejam os teus, e os teus os meus, então vamos lado a lado, para que possamos, até ao fim das nossas vidas, viver o mesmo... Juntos!
E tu, minha irmã, será verdade se disser que foi uma surpresa ter-te na irmandade, mas será igualmente verdade se disser que é um orgulho, tanto quanto um prazer, receber-te, de braços abertos.
...
Gostava de um dia fazer mais que simples palavras combinadas, para que pudesse dar-vos a entender o significado que vos atribuo, e acreditem que é muito.
Esta irmandade é sonho tornado realidade, e uma realidade que não quero que se desfaça... Nunca mais.


Dedicado: Diogo Carvalho e Maria Roque

Por Pedro Cerqueira » Sexta-Feira Set 10 2010 11:15