Não somos uno, somos união

Quem vivia em mim, seja qual fosse o seu nome, mudou-se. Não de sítio, mas de estado de espírito.
Compôs-se. E em gesto de concordância fez um esforço para unir o coração e a cabeça por um nó, um pequeno nó traçado. Certo é que a combinação não é óptima e por vezes este nem sempre aguenta. - Cabe-me a mim essa tarefa.
Perco a respiração sempre que um sufoco te cabe a mim ocorrer. (Não somos uno, somos união)
E as palavras que dizes... Diz-me outra vez, encontro-me nelas, ou talvez não, mas sinto-me seguro no nada que é meu.
Ao de leve uma mão vem-me tocando, não sei onde, pois perco a orientação de mim.
Encontro-me assim que te sinto perto, e não apenas uma mão.
Solta-se um beijo, o desejo, o querer mais que a vontade humana consegue. Mas porque a vontade ultrapassa a dos Deuses, finalmente, encontrei-te. - Seja essa a razão porque o tal que vive em mim mudou. - Agora não peço que fiques, faço sim um esforço para que fiques. Não hoje, nem amanhã; O tempo que achares conveniente, o tempo em que ainda haja este sentimento mútuo: O nosso tempo.
Indeterminável o tornamos, incontornável é, e talvez num outro tempo... Apenas nosso.

Por Pedro Cerqueira » Segunda-Feira Jul 12 2010 21:39

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