De lés a lés

Que horas são? Diz-me, pois perdi noção do tempo... E de mim.
Encontro-me ao relento, num prado à deriva, em que levadas são as flores por tempestades; E delas faço uso.
Para que me levem para longe de mim, para onde ninguém me possa ver, senão tu. E se não for hoje, que seja ontem; Pois amanhã será tarde. Demais ou a menos, não importa, desde que não te deixe arrefecer o calor que é meu, que contigo partilho.
O tempo passa... E deixemos que assim seja, pois temos tempo de viver. E se não tivermos, todo esse tempo será prioritariamente nosso. Todas essas horas são vagas, senão passadas contigo, ou quase; Apenas faço delas puros eufemismos, acompanhando-te comigo, espiritualmente. E desculpa se te roubo demais a ti, mas também me fazes falta.
Ironicamente, eu tentei, e por fim consegui saber parte das questões que me acompanham à tempos, infinitos, perdidos, desorientados; A verdade talvez seja que me deste uma ajuda, que de nada conta, se deitar tudo a perder.
A questão não será do tempo, mas sim no tempo em que o aplicamos.

Por Pedro Cerqueira » Segunda-Feira Mai 17 2010 18:10

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