Nada

O autêntico chegou.
E veio parar-me às mãos;
Aprecio-o então.

Não tem valor algum,
Mas guardo-o.
Pois finalmente me podia vangloriar do Nada que tinha.

Esse Nada que é meu,
O Nada que tende em escapar-me por entre os dedos.
Algo que alguém anseia em ter,
Algo que não deixarei fugir.

O nada torna-se muito,
Mas muito pouco ainda é.

Faço então algum esforço
Para que ganhe forma
E valor.

Mas esse nada
Nada quer.
Tende em ficar
Assim,
No nada que é.


Por Pedro Cerqueira » Domingo Jan 17 2010 21:49

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