Infeliz esperança

Infeliz esperança,
Que ali ficou, adormecida,
Numa cama de pregos,
E não deixou rasto de sobrevivência.

Ensonada por soníferos,
Escondida em vasos de cobardia,
Mas fiel a si mesma,
Pois prometeu nunca prometer que ficava.

Citou as tuas palavras,
E o nosso destino;
Cruel e frio,
Longínquo.

Dizia,
Tais palavras.
Não mentia,
Aos dois,
Ou apenas a nós.

Pensei que não necessitava dela,
Mas o que morre depois da esperança?

Por Pedro Cerqueira » Sábado Mar 27 2010 19:12

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